VSO needs you

-Quando é que este título deixa de ser ficção?-

Tuesday, September 27, 2005

A "mentira" do Inglês no 1º ciclo

Cansada de ouvir apregoar a introdução do Inglês no 1º ciclo, como uma grande inovação deste ministério, sinto-me na obrigação de esclarecer o seguinte:
1. O inglês não é obrigatório nos currículos dos 3º e 4º ano .
2. A responsabilidade de execução desta medida pertence às Câmaras Municipais, que contratam os professores "que entenderem"- concursos municipais (?)
3. O tempo de serviço não conta em nada para progressão na carreira docente e/ou antiguidade.
4. Só nas escolas EBI o inglês é da responsabilidade da escola e leccionada por professores do 2º ciclo (3º grupo)
5. O Inglês é leccionado depois do horário normal da escola e obrigatoriamente funciona como actividade "de prolongamento", que também não é de frequência obrigatória para os alunos.

P.S. Numa Escola EBI , a professora de Inglês no 3º ano tem 8 alunos , e no 4º ano só 9 aparecem de vez em quando. Já teve aulas em que não apareceu nenhum aluno...

Tuesday, September 20, 2005

O Fórum Social Ibérico para a Educação vai realizar-se em Córdoba entre os dias 29 de Outubro e 1 de Novembro.

"Partimos da ideia de que a educação é um direito universal e um bem público, ao qual todas as cidadãs e cidadãos têm o direito a aceder em condições de igualdade, e as Administrações têm o dever de garantir.
Queremos uma educação emancipadora, que favoreça a relação igualitária entre mulheres e homens, entre os diversos povos e culturas, e que seja respeitadora das línguas e culturas das diferentes nações.
Queremos uma educação que garanta a igualdade de oportunidades, que compense as desigualdades sociais e que possa actuar como antídoto frente ao racismo, ao sexismo e à exclusão social.
Defendemos o direito que têm todos os povos e nações (também as do âmbito geográfico a que se circunscreve este fórum) a construir o seu sistema educativo, a criar o seu próprio currículo e a veicular o ensino na própria língua.
Queremos que este Fórum seja o espaço para formular propostas e juntar forças para continuar a lutar por uma educação pública, laica e de qualidade para todos e todas."

Informação complementar aqui

Sunday, September 18, 2005

Amanhã, vão começar as aulas lá na Escola. Depois dos Conselhos de Turma, de que falarei nas próximas "Impressões do Quotidiano", um excerto de Saramago, lido há algum tempo e guardado numa pasta do computador, não me saía da cabeça. Tenho de o partilhar ...

"Aquela ideia que temos da esperança nas crianças, nos meninos e nas meninas pequenas, a ideia de que são seres aparentemente maravilhosos, de olhares puros, relativamente a essa ideia eu digo: pois sim, é tudo muito bonito, são de facto muito simpáticos, são adoráveis, mas deixemos que cresçam para sabermos quem realmente são. E quando crescem, sabemos que infelizmente muitas dessas inocentes crianças vão modificar-se. E por culpa de quê? É a sociedade a única responsável? Há questões de ordem hereditária? O que é que se passa dentro da cabeça das pessoas para serem uma coisa e passarem a ser outra? Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir, esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o outro e todas estas coisas, essa sociedade coloca as pessoas numa situação em que acabam por pensar (se é que o dizem e não se limitam a agir) que todos os meios são bons para se alcançar aquilo que se quer. Falámos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar) dos direitos humanos; simplesmente deixámos de falar de uma coisa muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de facto, não posso entender, é uma das minhas grandes angústias."

in 'Diálogos com José Saramago

Também é minha, Amigo, com que intensidade !

Cada povo tem o país que merece

O país que merece, os políticos que merece, os funcionários públicos que merece, etc.
Enquanto esperava que alguém gritasse o meu número mágico do dia numa direcção regional de educação, ouvia vozes de gente indignada com a infindável espera. Um misto de vozes que reclamavam entre dentes de forma a serem ouvidos apenas pelas pessoas que heróica e solidariamente as acompanhavam (sendo, apesar do cuidado, ouvidas também pelas cerca de 20 pessoas que se encontravam nos 2m2 circundantes) e vozes esganiçadas (não haverá AKG que as salve ou disfarce pelo menos?) que dirigiam impropérios aos seguranças.
Depois de alguns anos a participar neste circo que se diz moderno mas ainda usa animais em vias de extinção e cansada de ouvir tanto barulho ineficiente, resolvi levantar-me, e comigo levantou-se-me a voz. O galinheiro acalmou e a galinhagem olhou-me, quais espectadores, admirando um espectáculo em palco. Perguntei se alguém tinha feito uma reclamação por escrito, ao que todos responderam que não. Imaginando que toda aquela gente precisava de um incentivo, aproveitei para dizer que iria proceder ao registo da minha reclamação no local próprio e não ali pois os agentes de segurança não eram responsáveis pelo funcionamento das DREs. Pedi a um segurança que me indicasse o livro de reclamações e dirigi-me para lá. Os meus ouvidos afinaram sensibilidade a fim de contar o número de pés que me seguiam...
NEM UM
NENHUM
Perante isto, só posso dizer: bem feito! E por mim, deviam ter de dormir à porta!

Friday, September 16, 2005

os mistérios dos concursos de docentes

no país das maravilhas

Há uma docente vinculada a uma zona pedagógica. Quando são publicadas as listas definitivas, esta docente verifica que não está colocada. Entretanto, tenta oferecer-se para trabalhar no ensino de inglês no 1º ciclo, área em que há um número muito pequeno (10?) de docentes com formação adequada: no campo da competência na língua estrangeira e no campo da formação pedagógica naquele nível de ensino). Como todo o processo de colocação de docentes está centralizado, não há resposta a casos concretos.
Algumas questões:
1. Quem vai lecionar inglês no 1º ciclo?
2. Como diz o António Vitorino, daqui a 10 anos iremos ver os resultados da introdução do inglês no 1º ciclo. Eu digo o mesmo, mas não o digo com um sorriso no rosto por uma razão: vamos criar uma geração de pessoas que odeiam a ideia de aprender línguas estrangeiras. Para não correr o risco de ser acusada de não apresentar soluções, passo a registar algumas possibilidades:
a) Deveria criar-se uma base de dados dos professores que leccionam inglês a crianças destas idades há décadas em Portugal. Estes professores deveriam ser convidados a continuar o seu trabalho nas escolas públicas. Deveriam, ao mesmo tempo, fazer/dar formação cooperada aos colegas interessados. EM um ano lectivo apenas teríamos um número bem interessante de professores capazes de fazer este delicado e importante trabalho de sensibilização para e de introdução a uma língua estrangeira.
b) Como o sono me está a turvar as ideias, fico pela soulção anterior, a mais rápida, porque há outras soluções, mas compreendo que o governo, narowminded como é (independentemente da cor política - o verbo está no presente porque no presente e passado recente temos tido governos i.ncapazes de pensar a longo prazo, incapazes de aceitar e aproveitar ideias de governos anteriores)
ooops! distraí-me um bocado e perdi o fio à meada!
O mistério:
A docente, ao perceber que não obterá resposta personalizada, aguarda os resultados. Quando saem descobre que não está na lista de colocados... nem na lista de não colocados...
Descobre que deixou de existir. Caso para dizer: belisquem-me que não sei se estou acordada!

concurso do país das maravilhas

(caso verídico)
O António é dador de aulas.
O António foi de Chaves para Loulé vender aulas.
O António tem uma esposa e um bebé de 8 meses.
O António foi de Chaves para Loulé dar aulas.
Quando soube que tinha ficado colocado tão longe, o António ficou muito triste por ter de ir viver para longe da sua companheira e do respectivo rebento.
Mesmo assim, resolveu rumar a sul.
Ora porqueêêêêêêêê? perguntamos nós.
Ora, porque o António efectivou naquela escola. Por outras palavras, o António pode trabalhar naquela escola para sempre e nunca ninguém o mandará embora, porque o lugar é dele.

Ninguém que tenha um palmo de testa compreende que existam tantos Antónios a ir de Chaves para Loulé ao mesmo tempo que o mesmo número de Antónios vão de Loulé para Chaves. Ninguém, porque se fazem falta nos dois sítios, por que é que não se podem aproximar de casa os professores?
Por outro lado, ninguém mexe uma palha (onde estão os sindicatos?) para mudar o status quo. E porquê?
Porque se instituiu que "oh coitadinho, é professor e veio de lá tão longe e é pai de uma bebé linda e tem lá a esposa que acaba de ser operada e tem lá o pai que está acamado e depende dele e e e e", por isso "é natural que meta atestado no carnaval, porque assim pode ir passar uma semana à terra"
e deixa andar, que é este o país que nós estamos a construir!

(atenção, este caso é verdadeiramente verídico)





(atenção, este caso é um caso verídico)

Acabam de sair os resultados da 1ª colocação cíclica!

Respostas possíveis:
a) upa upa
b) dasse! mas eles não diziam que esta m=%#!" começava amanhã?
c) ah bom, sempre conseguiram colocar os professores antes de começarem as aulas. Tendo em conta que ainda são 10 horas da noite e que o país é pequeno, os tipos ainda têm tempo de fazer as malas, de se porem a caminho das respectivas escolas e de lá chegarem antes da secretaria fechar.
d) Este ano o concurso está a correr bem: previram o início do ano lectivo para a semana de 12 a 16 de Setembro e vão conseguir. upa upa.

deus queira/assim seja/oxalá/amen

Hoje é dia 12 de Setembro, dia que o ME declarou como da abertura oficial do ano lectivo. Apesar disso, apenas algumas escolas iniciaram hoje as actividades lectivas. As restantes hão-de abrir se e quando Deus quiser, o que num país onde quase 100% da população se afirma católica, pode parecer bom.
Uma amiga minha, enquanto professora vinculada a uma zona pedagógica, afecta administrativamente, resolveu dirigir-se à escola e oferecer-se para ocupar uma das vagas que tinham surgido (atestados, etc.). A escola gostou da ideia, até porque desse modo as aulas poderiam começar na data anunciada pelo ME. Depois de perder uma hora e meia ao telefone, entre esperar que atendessem a chamada e esperar que a passassem à secção de concursos, a coordenadora do 1º CEB ouviu o seguinte: “Lamentamos, mas não podemos responder a nada neste momento, porque estamos em reunião. Os resultados das colocações sairão na próxima 5ª feira.”
Alguém se importa de explicar a estes senhores o significado e o preço do desperdício de recursos humanos?

Wednesday, September 14, 2005

Impressões do Quotidiano 3 - Área Projecto

Hoje foi a reunião dos docentes que vão ter a seu cargo a "Área Projecto".
Previa uma reunião interessante, dada a importância que os Projectos devem ter numa Escola e à possiblidade de dinamização e conjugação de esforços que permite...
Sei como , nestes espaços, é possível motivar e mais concretamente transformar motivações extrínsecas dos alunos em motivações intrínsecas, com resultados visíveis no sucesso escolar....
Pura ilusão! A reunião demorou 30 minutos. Foi dada uma lista de sugestões de temas e subtemas e encerrada a reunião...
Ainda tentei levantar algumas questões : então, os alunos não têm uma palavra a dizer? Afinal, quem é que decide : os professores? E os alunos? E a metodologia do trabalho de Projecto ?
Calaram-me rapidamente. " Pois, Colega, falamos disso noutra altura, que hoje a reunião já acabou. Mas, a colega pode fazer como entender. Isto são só sugestões." A reunião tinha acabado mesmo.
Inconformados, lá ficámos na sala eu e mais dois professores durante mais de uma hora discutindo o que podíamos fazer.
O coordenador da Área Projecto foi muito elogiado "por fazer reuniões tão rápidas. Assim é que deviam ser todas."
Ainda não foi hoje que me senti integrada.

Monday, September 12, 2005

Impressões do Quotidiano 2 -Horários

Distribuição de Horários
Nunca vi tal coisa. E já são 33 anos de escola. Entregues em mão, alguns no bar, feitos para cada pessoa e à medida dos amigos.
Não, não estejam a imaginar coisas, a antiguidade não constituiu nenhum posto, diria mesmo que se tornou uma grande desvantagem... vejam um exemplo: uma aula de 45 minutos em dois dias seguidos (2ª e 3ª) e os restantes com aulas de manhã e de tarde (4ª,5ª e 6ª) Se a minha componente lectiva é de 14 horas, dá para entender a manta de buracos que me ofereceram... Altamente motivador... Dias livres só para alguns, pelo menos , os professores da comissão de horários têm... e alguns amigos dos amigos também.
Como já fomos avisados que os espaços disponíveis para preencher as horas de redução são mínimos e só não são nulos, porque existe sempre o recurso à sala de professores , acho que vou passar a fazer o que sempre defendi: trabalho só na escola, no meu portátilzinho, pois claro, porque não dispenso um café, um cigarrito enquanto vou preparando as aulas...
Claro que há um pequeno(!!?) problema : não adivinho lá grandes planificações, pois trabalhar numa sala onde outros tantos discutem as telenovelas, as últimas habilidades dos filhos, das empregadas, do jet set da moda e do futebol, não é exactamente o meu ambiente de trabalho preferido... mas não posso passar ali o tempo a “mexericar”, não acham?
Está a começar bem o ano, sem dúvida...
Entretanto, um colega , que eu conheço há muitos anos, de outros continentes, veio muito satisfeito avisar-me que eu era professora da filha dele... Engraçado, parece que há uma turma com vários filhos de professores. Não resisti a uma boca, confesso... perante o ar satisfeito com que me comunicou a notícia, respondi : “eh, que azar! Achas que não a consegues mudar de turma? É que eu, este ano, vou ter de faltar muito... “ Haviam de ver o misto de desilusão , desencanto e surpresa com que me olhou. Eu continuei muito calma...
Esta maldadezinha foi a minha pequena vingança do dia...

Impressões do Quotidiano 1 (Continuação)

O facto de um professor leccionar duas disciplinas não constituiu problema para o facto de as reuniões estarem marcadas para a mesma hora. Ia-se a uma e depois falava-se com o delegado da outra disciplina para saber o que tinham decidido.

Nada mais fácil e pragmático... ( era o que faltava , os professores que leccionam duas disciplinas quererem estar presentes nas duas reuniões...)
A esta altura da manhã, interroguei-me a mim própria: mas o que ando eu a fazer aqui?

Procurei a salita onde se pode fumar um cigarrito , tomar um café de máquina que eu paguei e sozinha com os meus botões pensei: ou arranjo uma metodologia de sobrevivência ou fico completamente “afectada” por este meio ... Aqui está o início da metodologia adoptada: impressões do quotidiano 1.

Impressões do Quotidiano 1

Tomei uma decisão hoje de manhã: Vou alimentar este blog com as impressões que a escola me proporcionar, sem filtros de politicamente correcto nem de receio de chocar seja quem for. Serão impressões sentidas à medida que forem surgindo diariamente ou não... Poderia até ser um novo blog, mas considero que tem lugar neste uma espécie de “Secção” de Impressões do quotidiano. Daí, o título deste posts.

Primeira Reunião Geral de Professores do ano:
Marcada para as 10:30, iniciou-se às 10:50. A confusõa era grande: cerca de 180 professores juntos faziam mais barulho que 3 turmas de 30 alunos aguardando os professores. O Conselho Executivo bem procurava fazer-se ouvir mas em vão, até que alguém deu uma assobiadela tipo de cinema de bairro acompanhadas de dois murros numa mesa (ah! A reunião era no refeitório, único local onde cabem tantos professores...) e o pessoal acalmou....
As primeiras palavras não foram de boas vindas, pois o facto de haver poucos professores novos ( cerca de 10...) não justificava que se falasse do funcionamento na escola , pois era conhecido de todos... ( por acaso até nem era, já que houve alteração de conselho executivo e obviamente p modo de funcionar e de tomada de decisões mudou...)
Foi desejado bom dia a todos e explicadas as alterações de legislação que implicavam novos procedimentos e “retiravam direitos já adquiridos” (sic...)
1.Atenção – as faltas dadas para acompanhamento de familiares doentes com idade superior a 10 anos serão descontadas no ordenado, vencimento, tempo de serviço, isto é, serão objectos do mesmo tratamento que as faltas “por greve...” ( bem, se tiver de acompanhar o seu filho com 11 anos ao médico e a criança precisar de ficar em casa uns dias, já sabe, o melhor é meter atestado médico...)
2.As reduções de tempo lectivo por antiguidade têm de ser indicadas em horário e passadas na escola: actividades sugeridas - aulas de substituição, leitura orientada, etc., etc.,,, os professores são muito criativos... Os professores com estas reduções devem em conjunto com o C.E. marcar essas horas... ( aulas de substituição não são actividades lectivas? Se ao alunos estão em aulas, porque lá na escola os alunos têm horários muito arrumadinhos e todos têm 2 tardes livres, os professores fazem actividades com quem? Nem que seja tomar conta deles, foi uma das dicas do Sr. Secretário de Estado...)
3.O alargamento de horário até às 17:30 para o 1º ciclo não é obrigatório. Sã actividades extracurriculares e os pais podem não querer... ( depois de tantos anos a estudar desenvolvimento curricular, confesso que estou confusa - afinal currículo não é constituído por tudo quanto os alunos aprendem na escola...? daí a existência de vários tipos de currículo, etc.. o melhor é rever o que dizem os teóricos do desenvolvimento curricular, que anda aqui algo que se me escapa...e . de caminho, pedir desculpa aos alunos que tive nos últimos anos, a quem exigi diversos trabalhos e investigação sobre currículo escolar...é evidente que para o ministério currículo é programa.)
A reunião acabou. Café, hoje a escola ofereceu, depois reuniões de disciplina

Wednesday, September 07, 2005

As decepções do dia ...

1.Hoje, a caminho da escola, ouvi na rádio a notícia do dia: Portugal tinha descido um lugar no ranking dos países do mundo relativamente ao Desenvolvimento Humano. A Eslovénia ultrapassou Portugal. Já tenho o relatório para ler mais atentamente...
2. Na escola, o conselho executivo andava ás voltas com um problema de estruturas física- falta de espaços e acumulação de docentes às mesmas horas ... Como organizar actividades sem espaços para tal? e considerando os poucos espaços e alunos existentes como distribuir as actividades pelo número de professores que iam permanecer na escola cumprindo as orientações do Ministério da Educação? será que chegaram a alguma conclusão? para quando uma verdadeira organização e administração das escolas? Lembrei-me de uma escola inglesa, mais concretamente em Hull, onde tive oportunidade de fazer uma formação há uns anos...
3. Sendo necessário resolver uma questão urgente, (relativa á feitura de horários e interpretação de um ofício recebido) a presidente do C.E. tentou telefonar para a DRE(?): Após 25 minutos de espera (eu teria desligado...), alguém atendeu a chamada. Logo que ela se identificou, informaram que todos os assuntos teriam de ser enviados por fax e, sme que lhe dessem tempo para mais, desligaram o telefone. O problema a resolver era urgente e pode implicar a saída de um professor...
4. Numa livraria bem perto da escola uma mãe adquiria os manuais e outro material escolar para o filho que irá frequentar o 6º ano nessa escola. O diálogo entre eles era nulo; quanto aos livros, não houve qualquer discussão, mas quando as escolhas recaíam em cadernos, mochilas e outros apetrechos, o filho simplesmente ignorou os apelos da mãe para produtos mais baratos, exigiu e comprou tudo quanto lhe apeteceu. A mãe pagou e, apercebendo-se de que eu tinha estado a observar a situação, comentou: "Sabe, ele até nem é muito mal educado, mas quer ter as mesmas coisas que os colegas da turma. Está, é tudo, muito caro...."
"A educação de um povo pode ser julgada, antes de mais nada, pelo comportamento que ele mostra na rua. Onde encontrares falta de educação nas ruas, encontrarás o mesmo nas casas"

"Fonte: "Cuore" Autor: Amicis , Edmondo

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