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-Quando é que este título deixa de ser ficção?-

Wednesday, May 31, 2006

novidades-avaliação

Este país é mesmo católico, como dizia uma nossa senhora da política aqui há uns anos... Aqui ficam os documentos com novidades. Ainda os vou ler, mas acho muito interessante o facto de os pais avaliarem a competência do pessoal docente. Não percebo o espanto do povo! A senhora ministra é que sabe: Com o parto, não vêm só as crianças e as depressões, há uma espécie de dádiva divina que recai sobre os progenitores, fazendo com que tenham uma injecção de formação sobre pedagogia e psicologia. Fantástico.

Organização do ano lectivo 2006/2007

Proposta de alteração do Regime Legal da Carreira do Pessoal Docente da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário

Quanto aos sindicatos, hei-de me pronunciar quando me apetecer, mas tenho que deixar aqui, já, e por escrito que NÃO me representam, enquanto docente. Percebo que se marquem greves para as 6ªs feiras, na medida em que permitem uma mobilização de pessoas oriundas de todas as partes do país para manifestações, mas que se façam greves de zelo! Fazem greve milhares de professores, mas as manifestações têm uma afluência reduzida. Na praia estar-se-á melhor, não duvido.

Tuesday, May 23, 2006

Lei de Basese do Sistema Educativo - 20 anos

A Assembleia da República e o Governo promoveram um debate nacional, organizado pelo Conselho Nacional de Educação. Durante a apresentação do debate, António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, propôs que se consultassem os registos dos últimos meses de debates na Assembleia da República (AR), para que se vissem as tarefas atribuídas à escola. Da educação ambiental à sexual, da toxicodependência à prevenção da gripe das aves, passando pela segurança rodoviária, sensibilização para as questões da violência doméstica e abuso sexual ou a formação cívica dos alunos, pouco fica de fora. António Nóvoa comentou: "tudo isto é certo e ninguém se atraverá a excluir qualquer uma destas tarefas. Mas será que a escola pode faezr tudo isto par além da sua acção primordial? A minha opinião é que não. A escola está sufocada por um excesso de missões e terá de recentrar-se nas actividades escolares."
O professor chamou a atenção para um facto que se verifica no terreno e que qualquer professor profissional (observador, interessado, crítico) pode constatar: o perigo de a escola "passar a ser essencialmente um centro social nos meios mais problemáticos e uma instituição centrada na aprendizagem nos meios mais favorecidos." Faço aqui um parêntesis sem recorrer aos parêntesis porque gosto da palavra parêntesis, para constatar que neste caso a vida de caracol que a maioria de nós leva é vantajosa: temos termos de comparação! Eu, por exemplo ja passei por São Vicente, onde havia ainda problemas de alcoolismo na infância; Funchal, onde os meus alunos se submeteram aos Cambridge YL exams e tiveram resultados excelentes; numa aldeia em Loulé onde a maior parte de uma turma de 3º ano não sabia ler de forma fluente; numa escola em Lisboa onde os meus alunos de 1º ano liam tão bem como os referidos atrás...e fico por aqui para não (me) cansar o leitor.
Referiu também que se continua a planificar para um aluno médio que não existe. Considerando os ritmos de vida que as famílias de hoje têm, e considerando que a escola é um lugar onde a criança passa tantas horas, agrada-me que a escola tenha um infindável número de tarefas, que seja uma insituição humana, sobretudo nos anos iniciais... mas o que é que há de humano em turmas enormes?? Como é que se pode esperar que o professor dê a mão a cada aluno?
Este assunto merecia outro tratamento, mas estou cheia de pressa. Lamento e peço ajuda nos comentários;)

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