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-Quando é que este título deixa de ser ficção?-

Wednesday, December 28, 2005

Importante é mudar!

O ME propôs ontem que o próximo concurso de docentes seja válido por três anos.
A proposta inicial era de 4 anos. Número que agora se reduz para 3. Quando é que se decidem?
O desespero de “mostrar mudança” é enorme e parece levar o ME a tomar decisões tontas e injustificadas. Pelo que sei, a intenção desta medida é possibilitar que os docentes desenvolvam todo um trabalho contínuo, com os alunos, colegas e demais comunidade educativa envolvente. Na minha opinião, a validade do consurso deveria ser variável, de acordo com o nível de ensino e com a situação específica. P. Ex. Se um professor do 1º CEB é colocado no próximo ano lectivo (2006/2007) numa escola onde será titular de uma turma do 2º ano, deverá permanecer nessa escola durante 3 anos lectivos (2006 a 2009), de forma a “levar” os alunos para o ciclo de ensino seguinte, i.e., o 2º CEB.

6 comments:

Manela said...

Sem dúvida que a grande preocupação não é propriamente mudar, mas deixar na opinião pública a idéia de que se estão a tomar medidas... Veja-se o que aconteceu com os exames do 12º- num dia deixava de haver exames de português, no dia seguinte já havia outra vez... Haja alguém que diga à equipa do ministério que "mudar" não significa exactamente "melhorar"... e a mudança constante de decisões só demonstra que as mesmas não foram devidamente ponderadas...

Anonymous said...

Mariama, estou completamente consigo! Sempre que se muda perde-se e ganha-se algo. Todavia, uma mudança, mesmo que para melhor, só se justifica se o 'a ganhar' for suficientemente mais que o 'a perder', pois que de outro modo não se justifica o esforço dispendido. Ora, tratando-se A Educação de uma estrutura 'monstra', é bom que se pense duas vezes antes, que é o que não tenho visto fazer muitas vezes...
Um exemplo risível: Há coisa de uns seis/sete anos atrás, o ME decidiu mudar o programa da disciplina de Geometria Descritiva, terminando o ‘negro período’ da Perspectiva Cónica (com o que concordei totalmente, muito embora adorasse esse Sistema de Representação). Até aí tudo bem. Todavia, incluiu mudanças tais como a lateralidade das marcações, que foi invertida (esquerda/direita). Isto é, os valores (de abcissa) positivos marcavam-se à direita, passando-se a marcar à esquerda (por motivos tolos que não vou detalhar). A adicionar a esta fizeram-se outras tantas tão estúpidas que só comparáveis a trocar os sinais ‘+’ e ‘–‘ na matemática, passando ‘–‘ a significar soma e ‘+’ subtracção…
Consequências: Durante dois anos, os professores embrulham-se em confusões constantes, pois que ambos os programas se encontram a correr (10º, 11º, 12º);
Os materiais que os professores produziram vão praticamente todos para o lixo, incluindo o trabalho que eventualmente produziram especificamente para ficar na escola nos centros de apoio (meus foram dois dossiers, daqueles de lombada larga, com mais de mil páginas escritas e desenhadas!); Os alunos de anos mais avançados deixam de poder apoiar os mais novos, pois que está tudo trocado e nada se entende; Todos os manuais escolares publicados até então ‘vão para o galheiro’, pois que está tudo trocado…
A principal justificação do ME para estas alterações consistia em harmonizar as coisas entre a Geometria e a Matemática e, muito particularmente, com o que se passava no Ens Superior. O mais interessante é que os alunos, que sempre marcaram os mesmos valores direita/esquerda (abcissas) tanto em Mat como em DGD, passaram a ter de fazê-lo ao contrário. Agora imagine-se uma horita de Mat (positivos à direita), depois uma horita de DGD (positivos à esquerda) e depois uma aula de apoio a Mat… Eheheheh!
Como dava explicações a muitos alunos da Universidade já o sabia bem, mas verifiquei melhor ainda: o que se fazia antes no Secundário era exactamente o que sempre se praticou nas Universidades e continuou a praticar, mas que ficou a partir de então tudo trocado…
E esta, hein!?...

Anonymous said...

Raquel, ‘a validade do concurso deveria ser variável’!!! Oh, Oh, Ohhh!!! Mas, mas, mas…
Com o devido respeito, Raquel, mas… deixe-me rir! Essa é forte!!!
Claro que devia! tal como, por exemplo, concorrer a zona, região ou até a nível nacional mas só para o 3º Ciclo, ou só para o Secundário. Diga-se que ser professor de 3º C. e Sec. São coias bem distintas, como 1º C.e 2ºC., 2ºC e 3ºC., não é?
Oh, Oh, Ohhh!!! Mas, mas, mas…
Com o devido respeito, Raquel, mas… deixe-me rir! Essa é forte!!!
Com as vergonhas que têm sido os Concursos Nacionais nos últimos anos, não me parece que ‘essa gentinha’ tenha competência para tais aventuras. Até tremo, só de pensar!!!
Se o software (e funcionários) que os bancos, por exemplo, usam para gerir os seus produtos fosse tão fiável quanto os que o ME encomenda (ou emprega), ainda andávamos só de chequinho ou dinheirinho mesmo. E Net Banco? Qué lá isso???
GENTINHA!!!??? Sou mal educado? Sim, eu sei, mas cada vez me tenho mais e mais motivos para alguma falta de educação…
Mais uma risível: Fui ‘empregado’ do ME durante 17 anos, 12 dos quais PQND, à luz de dois documentos: Certificado de Habilitações e, depois, Certificado da Profissionalização em Serviço. Há coisa de duas semanas contactei com o ME para pedir um estudo de equivalência das minhas habilitações entre o sistema Português e o do Reino Unido, onde me encontro.
Tudo explicadinho e detalhado, que me pediram? O que é que me pediram???
O Certificado de Habilitações e o Certificado da Profissionalização em Serviço! Claro!!!
Estive eu a trabalhar pra estes monos durante 17 anos e ainda não sabem quem sou??? Pedem de novo essa treta!? Mas, mas, mas…
Vontade de dizer: Ora e se fossem mas é…

Anonymous said...

Para Mariama e Raquel:
Pronto, já passou! Ufff...
As minha desculpas e desejos de um MUITO BOM ANO NOVO!
Bjs

Manela said...

Não tem mesmo nada de pedir desculpa! Como compreendo esse uff...! Agora, só quero mesmo desejar -lhe um Bom Ano de 2006!

kelly said...

Caro ide, o seu pedido de desculpas não foi aceite, por não haver motivo para pedir desculpa:)
Feliz 2006 e votos de processo pouco embrulhado nas equivalências! Volte sempre, gostamos de o ouvir por cá.

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