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-Quando é que este título deixa de ser ficção?-

Thursday, November 24, 2005

e limites, não há?

A Porto Editora lançou (já em 2004, mas o freeeduation4all só o descobriu agora) um dicionário, na colecção "Académicos", que inclui palavras tais como:
"foda-se", descrita como sendo uma interjeição que expressa desagrado, etc.
"foder"
"cona"
"caralho"
(...)

Estou-me a ver numa aula:
- Foda-se! Este trabalho está uma merda*... Vai lá melhorar isto, sff.

Ou numa reunião com os encarregados de educação:
- Olhe, você está a ser uma besta**.


Parece-me evidente que a nossa língua, por estar viva, está em permanente mutação. Sempre assim foi, sempre assim será, porque a língua é a nossa cultura e representa-nos, por isso precisa de mudar connosco. Mas os impropérios, o que é que têm a ver com este processo de mudança?
* expressão que mostra desagrado
** Pessoa arrogante

3 comments:

Manela said...

Um teórico da educação dir-lhe-ia que tratando-se de um dicionário deve conter todas as palavras utilizadas na Língua Portuguesa!
Mas normalmente (e não quero generalizar, obviamente...)os académicos não "trabalham" no terreno e não conhecem realmente os problemas que determinadas opções levantam em crianças a crescer.. É a diferença entre as teorias de formação de professores e a prática nas escolas com alunos reais e não idealizados...

kelly said...

É isso mesmo!

kelly said...

Eu até admito que essas palavras apareçam num dicionário, mas têm de estar devidamente classificadas: impropério, etc.

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