VSO needs you

-Quando é que este título deixa de ser ficção?-

Saturday, November 26, 2005

A Escola é laica... quem duvida?

Finalmente, uma medida que só peca, por tardia: retirar os crucifixos das escolas . A Escola é laica e como tal não deve ter qualquer símbolo religioso, o que, aliás, já estava preconizado há muito, embora não fosse essa a prática nas escolas.
Não sei, contudo, se não irão fazer-se ouvir as vozes de muito boa gente protestar contra tal medida! Aguardemos.
Prometo num próximo post contar um episódio ocorrido numa aldeia de um concelho da Grande Lisboa , há menos de um ano, precisamente por causa de um crucifixo numa escola EB1.

Thursday, November 24, 2005

e limites, não há?

A Porto Editora lançou (já em 2004, mas o freeeduation4all só o descobriu agora) um dicionário, na colecção "Académicos", que inclui palavras tais como:
"foda-se", descrita como sendo uma interjeição que expressa desagrado, etc.
"foder"
"cona"
"caralho"
(...)

Estou-me a ver numa aula:
- Foda-se! Este trabalho está uma merda*... Vai lá melhorar isto, sff.

Ou numa reunião com os encarregados de educação:
- Olhe, você está a ser uma besta**.


Parece-me evidente que a nossa língua, por estar viva, está em permanente mutação. Sempre assim foi, sempre assim será, porque a língua é a nossa cultura e representa-nos, por isso precisa de mudar connosco. Mas os impropérios, o que é que têm a ver com este processo de mudança?
* expressão que mostra desagrado
** Pessoa arrogante

Tuesday, November 22, 2005

"Um discurso que não foi publicado"...

Recebi,por mail, este discurso proferido nas Nações Unidas com o pedido de auxílio de divulgação. Depois de o ler, considerei que valia mesmo a pena deixá-lo aqui.

Vale a pena ler este discurso do Ministro da Educação Brasileiro proferida nos EUA.
Discurso do Ministro Brasileiro de Educação nos EUA

Date: Mon, 21 Mar 2005 /19:53:01

Este discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que um Brasileiro dá um "baile" educadíssimo aos Americanos...

Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos o Actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma Insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).

Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso.

Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro...

O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser Internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um País.
Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais.
Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo humano. Não se pode deixar que esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer. Penso que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada como património da humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o País onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia.
Quando os dirigentes tratarem as Crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!
"

ESTE DISCURSO NÃO FOI PUBLICADO. Porque é muito importante... mais ainda, porque foi Censurado.

Tuesday, November 15, 2005

Aos dadores de aulas

"Chame-me Dr. Gatto, por favor. Há trinta anos, não tendo nada melhor para fazer, experimentei ser professor. O diploma que tenho certifica que sou professor de Língua Inglesa e de Literatura Inglesa, mas não é isso que eu verdadeiramente faço. Não ensino Inglês; eu ensino o currículo escolar - e, por isso, ganho prémios."

Discurso proferido por John Taylor Gatto aquando da nomeação como "New York State Teacher of the Year" de 1991

Wednesday, November 02, 2005

educação sexual? claro que sim

mas contextualizada!

Tão óbvio que é, mas foi preciso que uma comissão, coordenada pelo Daniel Sampaio, o dissesse. Que o oiçam, pelo menos!

"A educação sexual deve deixar de ser fragmentada e deve ser integrada na educação para a saúde" Daniel Sampaio
Na educação para a saúde, na educação cívica, diria eu.

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